Art street sobre o rio Volga, Rússia.

Dentro das artes visuais, o suporte é uma vedete a parte. São as bases das esculturas, a canva/tela, ou o próprio espaço da cidade. O artista, espertamente, quando quer extravazar sua sensibilidade elege seu suporte como companheiro para sua arte.

Alguém pode falar – ‘ah, mas com as vanguardas do século XX as coisas não eram bem assim’. Se formos pensar no Kurt Schwitters (1887-1948), por exemplo, veremos que a acumulação era a questão visual proclamada pelo artista alemão. Schwitters fazia de amontoado de peças a sua instalação. Essa proposta artística que se concebe dentro da visão dadaísta nos mostra que o artista vê no espaço como e onde ficará sua criação visual.

Merzbau de Schwitters: intervenção artística na casa do artista. Foto arquivo

Em um espaço de uma sala, de uma simples casa na cidade de Hannover, baixa Saxônia, nos anos de 1920, Schwitters criou a Merzbau, uma grande instalação com materiais rudimentares.

Com a palavra “merz“, retirada de Kommerzbank (banco comercial) e do jornal Kommerz, Schwitters brinca, constrói uma expressão gramatical para nomear seu espaço criativo. Este seria uma outra faceta do artista alemão que por não se assumir um dadaísta e o julgarem um construtivista, optou por carregar com sigo ambas nomenclaturas.

É interessante pensarmos no espaço urbano como este grande suporte utilizado pelo artista na contemporaneidade. Um exemplo é a art street na cidade de Niznhi Novgorod, na Rússia. A ponte fica sobre o rio Volga. Infelizmente, não foi possível identificar a autoria da intervenção.

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